Conselho Tutelar proíbe pastor mirim Miguel de pregar e exige retorno à escola

O adolescente Miguel Oliveira, conhecido nas redes sociais como “pastor mirim“, está proibido de pregar em igrejas por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelo Conselho Tutelar após o jovem de 15 anos se envolver em polêmicas durante cultos evangélicos e receber ameaças nas redes sociais.

Além disso, o órgão determinou que Miguel se afaste completamente das plataformas digitais, incluindo seu perfil no Instagram, que reúne aproximadamente 1 milhão de seguidores. A medida exige ainda o retorno do adolescente às aulas presenciais, já que ele estudava de forma online.

A suspensão das atividades religiosas — tanto presenciais quanto virtuais — vem após uma reunião entre os conselheiros, os pais do jovem, Érica e Marcelo, e o pastor Marcinho Silva, líder da Assembleia de Deus Avivamento Profético, onde Miguel costumava pregar.

Em uma recente entrevista a um podcast, o adolescente declarou:

“Eu não quero problema com ninguém, quero viver em paz, quero todo mundo como meu amigo. As pessoas não querem ser meus amigos, querem ser meus inimigos.”


Vídeos polêmicos do pastor mirim Miguel levaram à intervenção

Nos últimos meses, o Pastor Mirim Miguel protagonizou episódios controversos nas redes. Em um dos vídeos mais repercutidos, ele aparece durante um culto rasgando exames médicos de uma mulher, afirmando:

“Eu rasgo o câncer, eu filtro o seu sangue e eu curo a leucemia.”

As declarações geraram forte repercussão negativa, o que levou o Conselho Tutelar a considerar que havia risco à integridade emocional do adolescente. Por isso, optou por intervir preventivamente.

A decisão ainda não tem prazo para reversão. O caso segue sob acompanhamento da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público de São Paulo, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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