Entre anotações e orientações criativas, o diretor detalha como equilibra sua função de líder com a liberdade dos realizadores.
Desde que assumiu o posto de co-CEO da DC Studios ao lado de Peter Safran, James Gunn tem se dividido entre duas frentes: desenvolver seus próprios projetos, como Superman (2025), e supervisionar produções comandadas por outros cineastas dentro do novo DCU. Em entrevista à Interview Magazine com Rainn Wilson, o diretor comentou sobre como exerce esse papel criativo sem sufocar a visão de cada artista envolvido.
“Meu tempo é limitado, então não posso dedicar tanto tempo quando gostaria a James Watkins [diretor de Cara-de-Barro] ou Craig Gillespie [diretor de Supergirl] ou Chris Mundy, que está trabalhando em Lanternas. Faço muitas anotações sobre cortes e roteiros e depois tento encaixar no plano geral com todos esses personagens.”
James Gunn é o novo Kevin Feige?
A fala reforça o equilíbrio buscado por Gunn: garantir que cada produção tenha sua identidade própria, mas ainda conectada ao plano geral do estúdio. O método lembra a função de Kevin Feige na Marvel Studios, embora Gunn, por também atuar como roteirista e diretor, tenha um envolvimento ainda mais direto em algumas etapas.
Esse modelo de supervisão é crucial para que o DCU construa uma narrativa coesa sem perder diversidade criativa. Projetos como Supergirl: A Mulher do Amanhã (2026) e Lanternas, que chegam pelas mãos de diretores e roteiristas distintos, terão a difícil missão de dialogar entre si sem se tornarem genéricos — e é aí que a mão de Gunn se faz presente.
Ao mesmo tempo, a confiança em artistas de diferentes estilos mostra a intenção da DC Studios de evitar erros do passado, quando o excesso de interferência acabou comprometendo a recepção de alguns filmes. Gunn parece determinado a encontrar o ponto de equilíbrio que pode redefinir o futuro da franquia.
Fonte:
Interview Magazine
