Hoje, é impossível pensar no Superman sem lembrar da kryptonita, o mineral radioativo de Krypton que pode derrubar o Homem de Aço em segundos. Mas o que muita gente não sabe é que essa fraqueza não nasceu nos quadrinhos. Na verdade, ela surgiu no rádio — e por um motivo nada heroico.
A kryptonita foi introduzida em 1943 no programa The Adventures of Superman, transmitido pela rádio norte-americana Mutual. A ideia era simples: criar um recurso narrativo que deixasse o herói incapacitado quando o ator Bud Collyer, voz oficial do Superman, precisasse se ausentar. Enquanto o herói “sofria” com os efeitos do mineral, outros personagens podiam narrar a ação ou tocar a trama adiante.
Somente seis anos depois, em novembro de 1949, a kryptonita fez sua estreia oficial nos quadrinhos, na edição Superman #61. Foi aí que os leitores descobriram que fragmentos radioativos do planeta natal de Kal-El, espalhados pela Terra após a explosão de Krypton, eram capazes de enfraquecer seu corpo e até matá-lo com exposição prolongada.
Desde então, a kryptonita não só se tornou um elemento clássico da mitologia do Superman, mas também ganhou diversas variações — verde, vermelha, dourada, azul e até preta — cada uma com efeitos bem diferentes.
O curioso é perceber que uma das maiores fraquezas da história dos quadrinhos nasceu, no fundo, como uma solução prática para um problema de bastidores. E acabou se tornando parte inseparável da identidade do herói.

Por que a kryptonita tira os poderes do Superman?
No universo do Superman, a kryptonita funciona porque sua radiação única, emitida pelos fragmentos do planeta Krypton, interfere diretamente no processo pelo qual o corpo de Kal-El absorve energia solar — a fonte de seus poderes. Enquanto o sol amarelo da Terra fortalece suas células, a radiação da kryptonita as enfraquece, drenando sua energia vital, causando dor extrema e, em exposições prolongadas, podendo até matá-lo. Para humanos, essa radiação é inofensiva, mas para kryptonianos é letal, tornando-se a solução perfeita para que roteiristas coloquem o herói em perigo real sem precisar criar adversários absurdamente poderosos o tempo todo.
Fonte: DC Database