Ator explica que mudança não tem a ver com o Oscar, mas com perder o medo de arriscar
Não é segredo que a A24 pretende impulsionar Coração de Lutador: The Smashing Machine (2025) para a temporada do Oscar. O estúdio, conhecido por seu prestígio nas premiações, aposta que o filme pode render a Dwayne Johnson a primeira indicação de sua carreira. O curioso, no entanto, é que essa virada acontece justamente após décadas em que o ator se consolidou como astro de blockbusters feitos para a cultura pop e para a bilheteria fácil.
Em entrevista à Vanity Fair, Johnson explicou que sua guinada para papéis mais densos não está relacionada a uma obsessão pelo Oscar, mas a um processo pessoal:
“[Coração de Lutador] foi muito real. Eu não sentia isso há muito, muito, muito tempo, de ficar realmente assustado e pensando: ‘Não sei se consigo fazer isso. Eu consigo?’. Eu percebi que talvez essas oportunidades não estivessem vindo até mim porque eu tinha medo demais de explorar esse tipo de coisa.”
Aos 53 anos, o astro afirma que só agora conseguiu deixar de lado a insegurança de sair da caricatura que construiu em Hollywood. Essa mudança se reflete não apenas em Coração de Lutador, mas também em sua agenda de projetos. Atualmente, Johnson está escrevendo o roteiro de um filme de Martin Scorsese, no qual também será o protagonista. Além disso, ele se prepara para estrelar o próximo longa de Darren Aronofsky (Réquiem para um Sonho), também produzido pela A24.
Quando estreia o novo filme de Dwayne Johnson
Com estreia marcada para 2 de outubro de 2025 nos cinemas brasileiros, Coração de Lutador: The Smashing Machine é escrito e dirigido por Benny Safdie (Joias Brutas). A trama acompanha a vida de Mark Kerr (Dwayne Johnson) , um dos primeiros grandes ícones do UFC, em uma narrativa que mistura drama esportivo, vícios, sacrifícios pessoais e as pressões brutais do mundo das lutas.
Ao que tudo indica, essa é apenas a primeira de várias escolhas que podem transformar a imagem de Johnson em Hollywood. Se o Oscar vier, será consequência — não o objetivo.
Fonte: Vanity Fair
O fracasso de Dwayne Johnson no DC
Antes dessa guinada, Dwayne Johnson teve uma breve e conturbada passagem pelo universo da DC como o Adão Negro, lançado em 2022. O ator investiu pessoalmente para transformar o personagem em uma peça central do antigo DCEU, chegando a promover a ideia de um confronto com o Superman de Henry Cavill. Apesar da campanha intensa, o longa não teve o impacto esperado nas bilheteiras nem no futuro da franquia. Pouco depois, com a reformulação liderada por James Gunn e Peter Safran, Johnson confirmou sua saída do papel.
“Eu sempre serei grato pela experiência de viver o Adão Negro, mas agora é hora de seguir em frente,” declarou na época, encerrando rapidamente sua ligação com o estúdio.
Muitos acreditam que The Rock planejava, na realidade, tomar o controle do DCEU que naquela altura já estava completamente condenado dentro da Warner Bros. Discovery. A frase principal do marketing do longa era que Adão Negro iria mudar a hierarquia de poder do Universo DC, tornando-se o centro da narrativa. No entanto, após os avanços das negociações com Peter Safran e James Gunn, entenderam que Dwayne Johnson não se encaixaria nos novos planos por conflito de interesses. Além disso, o próprio James Gunn lamentou o que fizeram com Henry Cavill, iludindo-o com um retorno que nunca aconteceu.
