A data de 17 de dezembro de 2026 está se transformando em um campo de batalha épico entre dois gigantes: “Duna: Parte 3” e “Vingadores: Doutor Destino”. Os dois filmes, cada um carregando o peso de um universo inteiro nas costas, estão oficialmente marcados para estrear no mesmo dia, criando o cenário perfeito para um “novo Barbenheimer” – ou para uma disputa tão agressiva que pode acabar prejudicando ambos em bilheteria e atenção do público.
Nos bastidores, circulou a informação de que a Warner Bros. poderia recuar e tirar “Duna: Parte 3” dessa rota de colisão, especialmente depois que surgiram rumores sobre um possível adiantamento da estreia do épico sci-fi de Denis Villeneuve. No entanto, novas conversas de bastidor apontam exatamente para o contrário: o estúdio não só não pretende ceder como teria, internamente, reafirmado a decisão de manter a data original.
Warner não recua e colocará Duna Parte 3 contra Vingadores Doutor Destino
“Duna: Parte 3” ocupa o dia 17 de dezembro há bastante tempo, e isso não é detalhe: para a Warner, trata-se de uma posição estratégica cuidadosamente planejada. O projeto fecha a trilogia iniciada com “Duna” (2021) e consolidada com “Duna: Parte 2”, carregando expectativa de encerramento épico, premiação e longo fôlego em exibição.
Rumores recentes sugeriram que o estúdio poderia antecipar o lançamento para fugir de um confronto direto com a Marvel, mas fontes ligadas ao mercado apontam que essa hipótese esfriou. A mensagem que vem dos bastidores é clara: a Warner marcou primeiro e não vê motivo para abrir caminho, especialmente sabendo que “Doutor Destino” foi o filme que entrou depois na mesma janela.
Originalmente, “Vingadores: Doutor Destino” estava planejado para estrear em maio, tradicionalmente o mês dos grandes filmes da Marvel Studios. Atrasos de produção, reorganização interna do estúdio e ajustes no calendário do MCU, porém, empurraram o longa para dezembro de 2026.
Na prática, isso significa que a Disney/Marvel decidiu entrar em uma data que já estava ocupada por “Duna: Parte 3”, transformando o que seria um domínio isolado da Warner em um confronto direto entre duas das maiores marcas do entretenimento atual. De um lado, o encerramento de uma saga sci‑fi densa, premiada e cultuada. Do outro, mais um capítulo central da franquia que redefiniu o conceito de cinema de super-heróis, agora trazendo Doutor Destino para o centro do tabuleiro.
Guerra comercial ou novo fenômeno “Barbenheimer”?
A situação abre dois caminhos possíveis. O primeiro: uma briga pesada por salas, atenção da mídia e escolha do público, com os dois blockbusters canibalizando parte da bilheteria um do outro. O segundo: uma repetição, em nova escala, do fenômeno “Barbenheimer”, quando “Barbie” e “Oppenheimer” estrearam juntos e transformaram a concorrência em evento cultural, com o público abraçando o programa duplo como experiência.
Se Warner e Disney/Marvel mantiverem a postura e ninguém recuar, dezembro de 2026 pode render uma das maiores disputas de bilheteria da história recente de Hollywood. Para os exibidores, é praticamente um sonho: dois gigantes com potencial de encher salas por semanas, atraindo públicos diferentes e, em muitos casos, o mesmo fã disposto a encarar uma maratona no cinema.
Por enquanto, o cenário é simples: a Warner estava lá primeiro, não demonstra intenção de se mexer, e foi a mudança de plano da Disney/Marvel que detonou a colisão. Se essa teimosia mútua vai resultar em desastre comercial ou em um novo fenômeno cultural, só 2026 responde.
