Rio de Janeiro | Bruna Marquezine alfineta deputado Nikolas Ferreira

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Bruna Marquezine, de Besouro Azul, tornou-se voz ativa nas redes após a megaoperação policial deflagrada no Rio de Janeiro em 28 de outubro. Sem comentários próprios, a atriz compartilhou stories que questionam duramente a condução da Operação Contenção, considerada a mais letal da história do estado e que provocou grande repercussão nacional e internacional.

No primeiro story, Bruna republicou uma publicação que ironizava o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), do mesmo partido do governador Cláudio Castro (PL-RJ). O post destacava que “O governador do Estado do Rio de Janeiro é do seu partido, Nikolas”.

A atriz também deu espaço em seus stories ao vídeo do influenciador Victor Azevedo, que criticou o uso do discurso religioso para justificar combates violentos e lamentou profundamente o resultado da operação:


“Que tipo de Deus o Brasil fica capaz de imaginar quando as autoridades religiosas e políticas comemoram o que aconteceu no Rio de Janeiro ontem? (…) Se tem algum envolvimento do Pai de Jesus com o que está acontecendo no Rio, o envolvimento dele são lágrimas, choro, tristeza, aperto no coração.”

Mais sobre a operação no Rio de Janeiro

A Operação Contenção mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de cumprir cerca de 100 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, apreender armas e prender lideranças da facção. O governo estadual anunciou 121 mortos, sendo 117 civis e 4 policiais, mas organizações da sociedade civil, a Defensoria Pública e lideranças comunitárias indicam que o número pode chegar a 132 mortes, além de dezenas de corpos recolhidos por moradores em áreas de mata do Complexo da Penha. A ação resultou também em 113 prisões e na apreensão de mais de 90 fuzis.

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A operação foi amplamente criticada por especialistas, ONGs e entidades internacionais, incluindo a ONU, que cobraram investigação rigorosa e alertaram para as consequências fatais da escalada policial no estado. Movimentos sociais classificaram a ação como “massacre” e expuseram o colapso da política de segurança pública.

A repercussão internacional foi marcada por matérias em veículos como The Guardian e Clarín, destacando a letalidade inédita e o impacto da operação sobre cerca de 300 mil moradores de áreas pobres e vulneráveis. O Senado brasileiro anunciou investigação, e o Ministério Público enviou técnicos para perícia independente dos corpos.

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