Australiana que viralizou dançando break nas Olimpíadas pede que a deixem em paz

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Os Jogos Olímpicos de Paris terminaram recentemente, mas um assunto ainda gera discussões intensas nas redes sociais. A participação de Raygun, também conhecida como Rachael Gunn, na estreia do break olímpico continua a ser amplamente comentada. Árbitros, membros de universidades e internautas discutem seus passos, enquanto memes e críticas circulam online.

Quase uma semana após sua apresentação, Rachael finalmente se pronunciou sobre a repercussão na França. Em um vídeo postado no Instagram, que já ultrapassou meio milhão de visualizações, ela abordou as polêmicas envolvendo seu nome.

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Raygun começou o vídeo agradecendo o apoio que recebeu e expressou alegria por ter levado alguma felicidade ao público. No entanto, ela lamentou a onda “devastadora” de críticas negativas que enfrentou. “Não percebi que também abriria a porta para tanto ódio”, disse ela.

Ela também refutou acusações de que sua participação nos Jogos Olímpicos teria como objetivo ridicularizar o breakdance e sua comunidade:

“Levei isso muito a sério”, afirmou. “Trabalhei duro para me preparar para a Olimpíada e dei o meu máximo. Estou honrada por ter representado a equipe australiana e participado da estreia do break australiano. Os outros atletas foram fenomenais”.

Como a Austrália escolheu Raygun como representante no Break?

Com a crescente popularidade dos vídeos da competição, surgiram teorias e conspirações em torno de Rachael. Uma delas sugere que ela teria criado uma organização de break na Austrália para se classificar para os Jogos. Além disso, a vice-reitora da Universidade de New South Wales, Megan Davis, a acusou de receber notas baixas intencionalmente para realizar uma pesquisa acadêmica subsidiada pelo governo.

Rachael respondeu às acusações pedindo que todos verificassem as declarações recentes do comitê olímpico australiano e as postagens nas páginas do break australiano no Instagram e da Federação Mundial de Dança de Rua. Em uma série de postagens, a federação australiana desmentiu boatos sobre a criação da entidade responsável pelo break no país e as classificatórias olímpicas, que Raygun venceu.

“Embora a AUSBreaking tenha interagido com Raygun, ela nunca foi fundadora, executiva, membro do comitê ou ocupou qualquer posição de liderança. Ela não participou de decisões sobre eventos, financiamento, estratégia, seleção de juízes ou de atletas”

Outra postagem refutou a teoria de que o marido e treinador de Rachael teria sido árbitro nas classificatórias da Oceania. Rachael também abordou as especulações sobre suas notas nas competições:

“Não existem ‘pontos’ no break. Se quiser ver como os juízes me compararam com meus oponentes, as porcentagens dos cinco critérios estão disponíveis no site dos Jogos”, explicou.

Ela fez um apelo à imprensa para que parem de assediar sua família, amigos e a comunidade australiana de break:

“Todos estão passando por muita coisa devido a esse assédio, e peço que respeitem a privacidade deles”, disse. Ela concluiu informando que responderá a mais perguntas quando retornar à Austrália, mas, por enquanto, permanecerá na Europa para um “período de férias planejadas”.

Os comentários na postagem refletem a polarização em torno de Raygun. Enquanto alguns apoiadores se sentem inspirados por sua dança, outros questionam a honestidade de sua classificação para os Jogos Olímpicos. “Precisamos de uma investigação sobre como você se classificou para as Olimpíadas”, escreveu um usuário.

O break participou dos Jogos Olímpicos de Paris como uma tentativa do Comitê Olímpico Internacional de atrair as gerações mais jovens. No entanto, a modalidade não estará presente nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028.

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