Thunderbolts *: um novo olhar sobre heróis quebrados e alianças instáveis

Thunderbolts *, o 36º filme do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), chegou aos cinemas brasileiros em 2 de maio de 2025 e encerra oficialmente a Fase 5 do estúdio. A direção é de Jake Schreier, e o filme aposta numa abordagem mais humana e sombria, diferente do padrão vibrante das fases anteriores.

O grupo central reúne Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes (Sebastian Stan), Red Guardian (David Harbour), John Walker (Wyatt Russell), Ghost (Hannah John-Kamen) e Taskmaster (Olga Kurylenko). Todos são reunidos por Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus) para uma missão aparentemente redentora. No entanto, eles logo percebem que foram manipulados — e o verdadeiro desafio é o enigmático Sentinela (Bob), interpretado com intensidade por Lewis Pullman.

Florence Pugh mais uma vez se destaca. Sua Yelena equilibra força, dor e ironia com uma profundidade rara. David Harbour, por sua vez, entrega um Red Guardian tragicômico e cativante. Mas é Lewis Pullman quem surpreende. Seu Sentinela — poderoso, instável e assombrado — eleva o tom dramático do filme com uma atuação memorável.

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Mais do que ação sem sentido

Visualmente, Thunderbolts * não aposta apenas em explosões. Os efeitos visuais são bem sutis e sempre a serviço da narrativa. A fotografia de Andrew Droz Palermo reforça a atmosfera sombria e emocional. Já a trilha sonora, assinada por Son Lux, intensifica a tensão e mergulha o espectador no psicológico dos personagens.

O roteiro, escrito por Eric Pearson e Joanna Calo, se distancia da fórmula clássica Marvel. Foca em traumas, culpa e redenção, tratando cada personagem como indivíduo e não apenas peça de ação. Nem todos os arcos têm equilíbrio, mas o esforço por profundidade é nítido e bem-vindo.

Thunderbolts * traz ganchos para o futuro

Além disso, o filme planta ganchos importantes para o futuro. A relação com o vindouro Avengers: Doomsday é evidente. O Sentinela, claramente, será figura central nos próximos eventos cósmicos. Além disso, o filme entrega conexões sutis, mas promissoras, para a Fase 6.

Mesmo com críticas pontuais ao ritmo e à complexidade do enredo, Thunderbolts* representa um sopro de originalidade no MCU. É mais sombrio, mais humano e menos preocupado em agradar a todos — e isso funciona. A Marvel precisava de algo assim.

Nota final: 8,5/10

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