A morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025 gerou uma comoção global e reacendeu o interesse por histórias que exploram os bastidores do Vaticano. Em meio a esse contexto, o filme Conclave (2024), dirigido por Edward Berger e estrelado por Ralph Fiennes, voltou aos holofotes com um aumento significativo de audiência.
Um suspense político no coração da Igreja
Conclave narra os acontecimentos após a morte de um papa fictício. O protagonista, Cardeal Thomas Lawrence (Fiennes), é encarregado de organizar o conclave para eleger o novo líder da Igreja Católica. No entanto, à medida que os cardeais se reúnem, segredos são revelados e alianças são testadas. A trama combina intriga, fé e disputas políticas em uma narrativa envolvente.
Audiência impulsionada pela realidade
Após o falecimento do Papa Francisco, a audiência de Conclave cresceu expressivamente. De acordo com a empresa Luminate, o filme teve um salto de 283% nas visualizações globais, atingindo 6,9 milhões de minutos assistidos no Prime Video em um único dia. Além disso, no Brasil, o longa alcançou o topo do ranking da plataforma. (El País, Jovem Pan)
Recepção crítica e indicações
Conclave também agradou a crítica, acumulando 93% de aprovação no Rotten Tomatoes. O filme venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e recebeu elogios pela direção de Berger e pela atuação comedida e poderosa de Fiennes. A crítica reconhece a obra como uma mistura eficaz de thriller político e drama espiritual.
Uma mensagem que ecoa
Mais do que uma história sobre sucessão papal, Conclave oferece uma reflexão profunda sobre poder, fé e identidade institucional. Em tempos de crise e transição, como o que vivemos com a morte do Papa Francisco, o longa ganha ainda mais força e significado.
Humanamente, o filme nos lembra que, por trás das vestes eclesiásticas, existem homens divididos entre convicções, culpas e desejos. O conclave, nesse sentido, é menos uma eleição e mais um espelho da alma da Igreja.