Pois é, meus amigos, bem que essa semana estava muito tranquila pro meu gosto, a paz reinava no nosso mundo nerd. Mas ontem, 5, o prefeito da cidade maravilhosa Marcelo Crivella fez o favor de tacar fogo no parquinho.
Tudo começou quando uma mulher visitou a Bienal do Livro e encontrou exposta a edição Vingadores; a Cruzada das Crianças, que apresenta os heróis adolescentes Rapaz de Ferro, Gaviã Arqueira, Célere, Visão , Estatura e Patriota, além do centro de todo o problema, Wiccano e Hulking, dois rapazes que desenvolvem um relacionamento ao longo da convivência. Na minissérie os jovens heróis vão atrás da Feiticeira Escarlate, depois ter provocado a queda dos Vingadores e quase eliminado a raça mutante do mundo.
A história foi publicada no volume 66 da Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel, da editora Salvat, em 2016. Antes disso, a obra já havia saído em Os Vingadores Especial # 1 e # 2, pela Panini Comics, em 2012. Originalmente, nos Estados Unidos, era uma minissérie em nove edições da Marvel chamada Avengers – The Children’s Crusade, de 2010.
Pois bem, a tal mulher ficou indignada ao ver, nas páginas finais da hq, um beijo entre Wiccano e Hulking, e resolveu reclamar no Twitter. A partir daí, sabe como é, a notícia se espalhou pelos grupos de Whatsapp e Facebook e a cena que já era conhecida pelos amantes dos quadrinhos tomou a internet de forma negativa, a ponto de movimentar o prefeito Marcelo Crivella, que decidiu recolher a edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Por meio de suas redes sociais, o prefeito se manifestou e tentou explicar a decisão:
“Pessoal, precisamos proteger as nossas crianças. Por isso, determinamos que os organizadores da Bienal recolhessem os livros com conteúdos impróprios para menores. Não é correto que elas tenham acesso precoce a assuntos que não estão de acordo com suas idades.“

Afirmando que a revista possui conteúdo sexual impróprio para menores, o prefeitou negou se tratar de preconceito contra os relacionamentos gays. Nos EUA, a história foi classificada com o selo T+, classificação indicativa correspondente a 13 anos de idade.
A decisão de Crivella gerou revolta e muitos apontam “preconceito disfarçado de conservadorismo”. Mas e vocês, qual sua opinião sobre essa que se tornou a notícia da semana? Deixe aí nos comentários.
