O Crítico| Veredito sobre o último episódio e toda a primeira temporada de “Loki”. Contém [SPOILERS]

Ontem (14) foi ao ar o último episódio de Loki, série estrelada por Tom Hiddleston que revolucionou todo o Universo Compartilhado da Marvel, ou seria Multiverso Compartilhado da Marvel? Pois é, a primeira temporada acabou para a tristeza geral da nação marvenauta (ou marvete?), deixando inúmeras perguntas no ar e abrindo as portas para o provável novo grande antagonista do UCM. Mas o que nós do QG achamos do último episódio e de toda a série? A gente te conta agora!

Primeiramente, vale pontuar que se você espera um episódio frenético como o quinto ep, é melhor ir baixando a bola, porque o capítulo derradeiro da primeira temporada de Loki traz uma pegada muito mais informativa que qualquer outra coisa, tendo um único ponto de ação real com a luta entre Loki (Tom Hiddleston) e Sylvie (Sophia Di Martino), o que de maneira alguma é um ponto negativo. O sexto episódio, intitulado “Por todo Tempo. Sempre”, é totalmente dedicado ao grande antagonista da trama, interpretado por Jonathan Majors, ainda que não revele verdadeiramente quem ele é na minha humilde opinião. Apresentado como Aquele Que Permanece, o personagem se mostra extremamente perigoso e manipulador, ainda que busque estabelecer uma parceria com os protagonistas. Ele justifica suas ações por trás da AVT como a única forma de impedir uma Guerra Multiversal entre inúmeras variantes suas, e afirma que conter as ramificações da Linha do Tempo Sagrada é uma maneira de proteger a realidade dele mesmo. O personagem propõe a Loki e Sylvie que eles ocupem seu lugar na Cidadela do Fim dos Tempos e mantenham seu trabalho, afirmando que está cansado do trabalho. Mas ele está sendo sincero?

Bom, é impossível falar sobre o ep 6 sem destacar a atuação de Jonathan Majors como Aquele que Permanece, que é simplesmente incrível. O ator entrega um personagem extremamente carismático e, ao mesmo tempo, odioso, que usa de sarcasmo a cada fala e se mostra totalmente indiferente à ameaça de Loki e Sylvie a si mesmo, o que deixa claro que ele é muito poderoso. Aquele que Permanece não é mencionado como Kang no episódio, embora fique mais do que claro que se trata de uma variante do vilão ou mesmo o próprio usando de manipulação para conseguir o que quer. Nas HQs, Aquele que Permanece não tem relação com Kang, o Conquistador, mas está nítido que a adaptação para o UCM decidiu fundir os dois personagens para dar mais profundidade a ele. No fim, Sylvie trai Loki e “mata” Aquele que Permanece, causando infinitas ramificações na linha do tempo e libertando enfim o multiverso. Loki acaba em uma realidade alternativa onde Mobius e B-15 não fazem ideia de quem ele é, e vê uma estátua do personagem de Majors usando um traje muito parecido ao visual de Kang nos quadrinhos, confirmando sem palavras as teorias de que ele é a nova grande ameaça para os heróis da Marvel.

No fim de tudo, o último episódio da série não traz grandes respostas ao público, pelo contrário, cria inúmeras perguntas e não fecha nenhum arco dos personagens centrais. Por exemplo, o que acontece com Ravonna, personagem contraditória vivida por Gugu Mbatha-Raw? O que o Mobius que vimos nos outros episódios irá fazer? O que se passa na realidade alternativa para onde Sylvie enviou Loki? O que Sylvie irá fazer na Cidadela no Fim dos Tempos? Aquele que Permanece morreu mesmo? Não há nenhuma resposta e isso pode te deixar um tanto inquieto por um bom tempo, o que eu acho uma estratégia incrível para criar um hype para a segunda temporada e para todos os projetos futuros da Marvel Studios.

Por fim, Loki é sem a menor dúvida a melhor série da Marvel Studios até o momento, superando sim WandaVision (que era minha favorita), e tem uma importância única dentro do universo compartilhado, que agora podemos chamar de multiverso compartilhado. A trama entregou personagens carismáticos que queremos ver retornar, e claro, trouxe o primeiro indício do que está por vir: Kang, o Conquistador, uma ameaça muito maior que Thanos foi. Dá para imaginar? A única coisa que preocupa é a administração disso tudo daqui para frente, pois lidar com o conceito de viagens temporais, multiverso e realidades alternativas é como pisar em ovos e furos de roteiro são praticamente inevitáveis. Resta torcer para que Kevin Feige e os roteiristas da Marvel consigam amarrar o maior número de pontas soltas possível.

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