
James Gunn está prestes a estrear seu novo longa-metragem pela Warner Bros/ DC Films, O Esquadrão Suicida estreia em agosto de 2021 nos cinemas e no HBO Max, trazendo o retorno da equipe de super-vilões em uma nova e realmente suicida missão. O filme que não funciona como uma sequência do projeto de 2016 dirigido por David Ayer, mesmo que não o contrarie em nada também, marca a estreia de Gunn no Universo da DC nos cinemas e promete reformular totalmente a franquia.
Muitos acreditam que o fato do novo filme não se conectar diretamente ao primeiro é estranho e mostra a desorganização do DCEU em comparação ao Universo Compartilhado da Marvel, que liga todas as suas produções com referências e crossovers. Contudo, para James Gunn, é justamente essa liberdade individual dos filmes da DC que é interessante.

O diretor, que em breve estará de volta aos estúdios Marvel para dirigir o terceiro filme da franquia dos Guardiões da Galáxia, comentou a estranheza do público com o DCEU, que ao mesmo tempo produz um filme para maiores como “O Esquadrão Suicida” e um projeto família quase infantil como “Shazam!”, diferente da Marvel que busca seguir uma mesma linha de direcionamento etário:
“Eu acho isso ótimo. Essa é uma das maneiras em que a DC pode se distinguir da Marvel. O que eu faço é muito diferente do que Peyton Reed [Homem Formiga] faz, é muito diferente do que Favreau faz, é diferente de Taika. Mas não tão diferente como Shazam! e O Esquadrão Suicida. Eu acho que o atual grupo de pessoas na Warner Bros está realmente interessado em construir um mundo e criar algo que é único para quem faz os filmes. Nós estamos em um tempo estranho, então qualquer coisa pode acontecer.”
disse james gunn em entrevista ao the new york times
Ainda ao The New York Times, Gunn comentou as diferenças que têm percebido ao trabalhar nos dois estúdios, destacando que não é nada tão relevante como dizem, apesar de na Marvel Studios o presidente Kevin Feige se envolver muito mais nas produções e decisões dos diretores, orientando tudo dentro da linha de raciocínio trabalhada no Universo Compartilhado, evitando assim grandes furos de roteiro e contradições:
“Não há dúvida que Kevin Feige é muito mais envolvido na edição que as pessoas da Warner Bors. Ele dá mais palpite. Você não precisa aceitar e eu mesmo nem sempre aceito. Mas também tive mais problemas. Se você viu o primeiro corte de ‘Guardiões da Galáxia 1’, ele tinha mais problemas, porque aquela foi minha primeira vez fazendo algo tão gigante e há aprendizado sobre o que funciona e o que não funciona, retirando os excessos. A verdade é que conforme a Marvel segue crescendo, Kevin Feige começa a juntar posse sobre metade de todo o filme em geral, se espalha mais.”
Para quem não se lembra, James Gunn teve sérios problemas dentro da Marvel Studios após uma onda de cancelamento nas redes motivada por tuítes de gosto duvidoso do diretor e acusações de racismo, pedofilia etc, o que terminou com a sua demissão. Demitido da Marvel, contratado pela DC, o diretor foi convidado a dirigir o novo filme da Força Tarefa X e ganhou total liberdade dentro dos estúdios WB. O interessante é que, quando percebeu que James Gunn dirigindo o novo Esquadrão Suicida estava gerando uma boa repercussão e aceitação, a Marvel Studios decidiu trazer o diretor de volta para Guardiões da Galáxia Vol.3.
O Esquadrão Suicida estreia no dia 5 de agosto aqui no Brasil.