Coringa marcou o cinema em 2019 com uma trama envolvente em torno de um dos maiores vilões da cultura pop. O sucesso do filme dirigido por Todd Phillips foi tanto que rendeu ao protagonista Joaquim Phoenix o Oscar de Melhor Ator do ano.
Agora, um dos nomes mais respeitados de Hollywood, o diretor Quentin Tarantino, de “Django Livre” e outros, comentou pela primeira vez o que achou do filme durante o Empire Podcast. Tarantino não poupou elogios, principalmente à cena do talk-show, ápice do filme:
“Na sala onde eu estava, quando chegamos na cena do tal-show, eu pude sentir a atmosfera do cinema mudar por completo. É uma subversão de alto nível. Não há suspense, não há empolgação, mas o diretor deixou claro que o Coringa é completamente maluco. “
Quentin ainda destacou a maneira como o filme, especialmente a cena do ato final, mexe com os nervos de quem assiste e faz o público pensar como o próprio Coringa, talvez até torcer por ele:
“O personagem do Robert De Niro não é um vilão […] é um comediante idiota, mas não merecia aquela morte. Ao mesmo tempo as pessoas queriam que o Coringa fizesse aquilo, queriam que ele pegasse aquela arma. Se o Coringa não tivesse tomado aquela decisão, o público teria se decepcionado. Novamente, é uma subversão em alto nível, o diretor fez o público pensar como um lunático.”
Apesar de tudo, Quentin Tarantino se mostrou incomodado com uma nova onda no mercado cinematográfico que também pode notar em Coringa, onde velhos sucessos são refeitos e adaptados para a cultura pop:
“É onde vivemos agora? Pegar grandes filmes dos anos 70 e refazê-los como artefatos da cultura pop? Taxi Driver em ‘Coringa’, Apocalipse Now em ‘AD Astra’… São artefatos da cultura pop feitos a partir de filmes de outras épocas.”
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