James Gunn rebate teorias políticas em Superman e Pacificador

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O novo DCU de James Gunn ainda engatinha, mas seus primeiros títulos já vêm gerando debates intensos. Tanto Superman (2025) quanto a segunda temporada de Pacificador foram recebidos com interpretações políticas por parte do público, especialmente pela forma como refletem, de maneira ácida, a atualidade. Em entrevista à Variety, James Gunn decidiu esclarecer os pontos de vista por trás dessas histórias.

O cineasta, que escreveu e dirigiu as duas produções, rejeitou a ideia de que Superman (2025) tenha sido concebido como comentário sociopolítico. Para ele, a narrativa não pretende retratar diretamente a política moderna, mesmo que muitos espectadores tenham feito paralelos imediatos com o arco de Boravia. “Se havia um aspecto sociopolítico em Superman, é que tem havido uma ausência de bondade, compreensão e amor pelo ser humano, não importa quais sejam seus pensamentos ou sentimentos.”

Segundo James Gunn, seu objetivo foi outro:

“Tudo o que há no filme é sobre o sentimento de que o mundo perdeu a conexão com a bondade, e o amor pelo ser humano está em baixa.”

Quanto a Pacificador, série que ganhou nova temporada em 2025 já integrada ao DCU, o diretor também afastou especulações de que teria usado a trama como comentário político dos EUA pós-eleição de 2024. Gunn revelou que o roteiro já estava concluído muito antes dos acontecimentos recentes.

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A escolha da Terra-X como cenário, onde os nazistas venceram a Segunda Guerra Mundial, está diretamente ligada à jornada do protagonista vivido por John Cena. Gunn explicou que a decisão não teve a ver com recados políticos imediatos, mas com o fato de hoje ser mais comum que as pessoas expressem seus preconceitos abertamente.

James Gunn nega provocações políticas

Finalizando, o cineasta foi categórico: “não sou narcisista a ponto de pensar no mundo em relação à série de TV do Pacificador.” Ainda assim, ele aceita que o público extraia interpretações políticas de suas obras:

“Temos visto mais racismo ultimamente, certo? Isso é porque há mais pessoas racistas ou porque está mais OK ter preconceitos e expor isso? É provavelmente a segunda opção. Isso obviamente é desanimador. E se a minha estúpida série de TV tiver algo a ver com as pessoas pensando: ‘Ah, talvez eu deva estar mais ciente dos meus preconceitos’, ótimo. Mas não é para isso que eu escrevo a série”, disse Gunn. “Eu escrevo a série pelo ângulo emocional, assim como escrevi Superman para ser sobre bondade. Se havia um aspecto sociopolítico em Superman, é que tem havido uma ausência de bondade, compreensão e amor pelo ser humano, não importa quais sejam seus pensamentos ou sentimentos.”

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Atualmente, Superman (2025) e a nova temporada de Pacificador estão disponíveis na HBO Max, com episódios inéditos da série sendo lançados todas as quintas-feiras, às 22h (horário de Brasília).

Fonte: Variety

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