POR ADAILTON MORAES
Após diversos adiamentos em decorrência da pandemia de covid-19, 007: Sem Tempo para Morrer enfim chegará aos cinemas em 30 de setembro, marcando o fim da era de Daniel Craig sob o manto do icônico personagem. Craig interpretou o agente secreto mais famoso dos cinemas durante 15 anos e agora se despede do papel, que em breve deve ser assumido por um novo ator, ou quem sabe atriz… Acontece que rumores apontam que o próximo 007 será na realidade uma mulher, principalmente pelo fato da atriz Lashana Lynch ter um papel importante em “Sem tempo para Morrer”, o que poderia significar, segundo teorias, uma passagem de manto.
Entretanto, em entrevista a Radio Times, o astro Daniel Craig deixou claro que não apoia a ideia de um papel originalmente masculino ser entregue a uma mulher por uma suposta representatividade, já que papéis tão importantes quanto James Bond deveriam ser criados para as mulheres:
“A resposta para isso é muito simples. Simplesmente deveriam existir papéis melhores para mulheres e pessoas não-brancas [negros, indígenas, asiáticos, etc.]. Por que uma mulher deveria interpretar James Bond, já que deveriam existir papéis tão bons quanto o de James Bond, mas para as mulheres?”
Ainda falando sobre a representatividade feminina em Hollywood, Craig destacou o trabalho de Phoebe Waller-Bridge na produção do novo filme:
“Ela tem um humor diabólico e sua influência permeia várias coisas neste filme. Ela anda em uma linha fantástica entre manter o longa como um thriller e deixá-lo engraçado. Mas Phoebe não veio para mudar Bond. Ela veio para apimentar as coisas, com certeza, mas ela é uma fã de James Bond – ela não estava disposta a levá-lo em nenhuma direção diferente.”
007: Sem Tempo para Morrer marca a despedida de Daniel Craig do papel principal e acompanha o retorno de James Bond à ativa após algum tempo aposentado para solucionar o sequestro de um cientista renomado a pedido do amigo Felix Leiter, da CIA.
